quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Entrevista com Lucas Celebridade


"Não tenho rosto bonito, mas tenho história de luta e talento", Lucas Celebridade


Helder Miranda
julho de 2010 - 2ª entrevista

Destaque nos programas Fantástico, Márcia, Pânico na TV e CQC, Lucas Brito também foi tema de reportagem da revista Info e um dos entrevistados da coluna Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. Conhecido nacionalmente como Lucas Celebridade, nascido no Piauí, ficou famoso ao publicar, em seu blog - www.lucasfamapop.blogspot.com ­- fotos sensuais próprias, tiradas por ele ou por amigos, mesmo estando longe dos padrões estéticos, impostos pela sociedade. Nesta entrevista, fala sobre a obsessão sobre a fama.

Como surgiu a idéia de criar o Lucas Celebridade?
Criei o personagem para alçar a fama. Assim que chegou a internet aqui, em Luzilândia, em 2004, vi que a ferramenta era uma oportunidade para me lançar.

Para ser celebridade precisa ter algum talento. Qual é o seu?
Tenho talento em vários segmentos: apresentador, ator, comediante, faço colunismo social... Eu me encaixo nesses cargos e pretendo alçar voos cada vez mais altos.

Por que a fama a qualquer preço?
Porque é um sonho. Quero fama, holofotes... É algo que nasceu comigo. Meu desejo de brilhar, ser alguém no mundo das celebridades, é algo que está comigo sempre. A fama faz com que uma pessoa ganhe milhares de fãs que, pra mim, é melhor que dinheiro.

Mulheres têm mais oportunidades no meio artístico?
Geralmente para a mulher tudo é mais fácil, para o homem muitos fecham as portas. Eu sempre agradeço àqueles que me dão oportunidades.

A busca pelos holofotes pode prejudicar?
Até agora não. Apenas existem pessoas que me ajudam a subir esses degraus da fama e outras que viram as costas pra mim.

Diferencie o “Lucas Brito” e o “Lucas Celebridade”.
O “Brito” é um cidadão comum que labuta a cada dia para pagar contas e manter a casa. O “Celebridade” é um personagem cômico da web.

Se você tivesse nascido em outro país e usasse dos mesmos artifícios para alcançar a fama, acha que conseguiria?
Por aí afora é bem mais fácil. Se aqui de longe, consegui muita coisa, imagina pelo resto do mundo. No exterior, é bem mais fácil.

A internet é uma fábrica de celebridades instantâneas?
Claro. A web é uma indústria que tem dado certo nesses tempos. A modernidade e a inclusão digital são os fatores que contribuem para que isso aconteça.

Você acredita que irá conquistar espaço na televisão?
Todo os dias, minha esperança é abrir o e-mail e ver se alguém realmente profissional deixou alguma proposta. Nem que seja uma entrevista para um site, ou coisa assim.

Por que, mesmo fora dos padrões estéticos, você produz os próprios ensaios sensuais?
As pessoas não querem mais olhar para coisas tradicionais. O público gosta de algo diferente do que o que está saturado na própria mídia. Por isso que a imprensa está focada em mim, pois posso ser até “esquisito”, mas com certeza diferente do que se vê por aí.

A que você atribui o padrão de beleza pré-estabelecido?
Nem toda mídia impõe padrão de beleza, isso é tabu, que hoje em dia pode ser quebrado. Não tenho rosto bonito, mas tenho história de luta e talento.

Então, o que sente ao ser ridicularizado pela maioria dos internautas?
Cada um tem sua opinião... Não tem problema, gosto de público.

O que você não faria, de jeito nenhum, pela fama?
Matar e roubar são fatores hostis e desonestos que afetam meus princípios, por isso eu os descarto.

Você já afirmou que posaria nu. Filmes pornográficos são cogitados?
Não, devido às consequências ruins que um filme erótico pode proporcionar. Todos sabem que as pessoas que fazem esse trabalho são vetadas de uma série de oportunidades.

Você faz mais sucesso entre homens ou mulheres?
Faço sucesso com ambos. Não tenho problema quando aos dois sexos, tudo é um fluxo. Entre homens e mulheres, sou atraído pelo momento.

Essa necessidade de fama interfere em sua atuação como professor?
Não, quem não é antiquado sabe diferenciar as coisas e sabe que Lucas Celebridade é um personagem cômico que eu criei. Em uma reunião de pais, por exemplo, a reação é normal. O povo é moderno e sabe que nas aulas o assunto é a Língua Portuguesa, não a minha vida pessoal.

Como funciona o colunismo social em sua cidade?
As pessoas me chamam para os eventos e me pagam pela cobertura na noite. Cada evento, um cachê - o que garante a comida lá de casa. Muita badalação, claro que nada comparado a São Paulo, até porque não dá para estabelecer um comparativo de uma cidade de 30 mil habitantes com uma de milhões. A diferença está na estrutura, na cidade que é grande e tem concorrência.

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